A origem da palavra carnaval
O carnaval em seus primórdios é uma festa de origem pagã que remonta aos antigos mesopotâmicos, gregos e romanos. Porém a palavra carnaval traz no seu cerne a origem cristã católica do termo, visto que no momento posterior da História, isto é, no medievo, esta festa passa por adaptações sendo diretamente relacionada à lei católica da abstinência de carne durante o período que sucederá de imediato a ela, a quaresma. Ora logo após o carnaval, no
dia seguinte dá-se a quarta-feira de cinzas que abre a quaresma. Mas que tem a ver o termo CARNAVAL com tradições religiosas da cristandade católica? Ora, já na própria palavra se evidencia logo de cara a relação com o termo CARNE. E onde entra a abstinência? Vejamos. Durante longo tempo se interpretou a palavra carnaval como Carne, vale!, ou seja, Carne, adeus! Ou Adeus, carne! Ora a festa era realizada antes de um longo período que viria
de quarenta dias no qual as pessoas eram rigorosamente proibidas pelas autoridades eclesiásticas de comer carne, isto é, elas eram obrigadas a fazer abstinência da carne, tradição comum no ocidente desde a Idade Média, então tal festividade passou a ser a festa da despedida da carne, em todos os sentidos, desde o excesso de consumo de carne e o extravasamento dos prazeres “ carnais” em geral. Porém a colocação do termo carne nesta
oração como vocativo é inadmissível para os gramáticos de modo que hoje, embora o evento motivador da origem do termo continue sendo o mesmo, ou seja: a abstinência quaresmal da tradição cristã católica, todavia conforme Celso Pedro Luft no seu, O Romance das Palavras. “
Hoje os etimologistas mais creditados concordam em apontar a origem italiana do vocábulo. Carnevale, de carne-levale, alteração de carnelevare: carne levare. Levare significando “deixar, pôr de lado, suspender, suprimir”. Referência clara à abstinência quaresmal que se seguia aos festejos carnavalescos.”
Fontes: https://mundoeducacao.uol.com.br/carnaval/as-origens-carnaval.htm LUFT, Celso Pedro. O romance das palavras. São Paulo: Ática, 1996.p.43.
Por: Damião Silva
