Meu sono foi acordado Pela saudade que sinto
Hoje eu me encontro afastado
Do meu querido torrão
Mas tenho tudo guardado
Na mente e no coração;
Das coisas que eu vivi
Confesso não esqueci
E nessa tela eu repinto
Com as cores do passado
Meu sono foi acordado
Pela saudade que sinto.
Eu lembro da baladeira
Atirando em passarinho
Brincando barra bandeira
E da bola canarinho;
Da primeira comunhão
Das debulhas de feijão
No nosso humilde recinto;
Muito simples, mas amado
Meu sono foi acordado
Pela saudade que sinto.
Lembro tudo com alegria
E verdadeiro fascínio
Pois café mamãe trazia
Num bule de alumínio;
Servia de um em um
Com batata ou jerimum
Pois é verdade eu não minto;
Sei que tudo está mudado
Meu sono foi acordado
Pela saudade que sinto.
(Mote de Fátima Marcolino)
Glosas: Léo Medeiros
Sobral, 25 de setembro de 2009.